Sondagens da Indústria

A Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação é um levantamento estatístico que gera informações majoritariamente de natureza qualitativa.Fornece, mensalmente, indicações sobre o estado geral da economia e suas tendências podendo, desse modo, orientar decisões empresariais e de política econômica.
 
A divulgação da Sondagem dá ênfase ao resultados dos quesitos que tratam do presente e do futuro próximo. . A maioria das previsões é realizada para o trimestre que se inicia no mês da pesquisa, tendo como período de comparação o trimestre imediatamente anterior. A exceção é o item relativo à situação esperada dos negócios, que tem horizonte de seis meses e cuja base de comparação é o mesmo período do ano anterior. As avaliações sobre o presente são relativas ao momento de realização da pesquisa.

As previsões e observações são feitas de modo comparativo (maior/ melhor, menor/ pior ou igual). As avaliações, por sua vez, referem-se ao nível absoluto da variável. Os estoques podem ser qualificados como excessivos, normais ou insuficientes. O nível de utilização da capacidade instalada e o número de turnos trabalhados (trimestral) são os únicos itens quantificados.

A pesquisa faz perguntas sobre a empresa e seus produtos. Itens como nível de emprego e de utilização da capacidade dizem respeito à empresa. Variáveis como demanda, produção, estoques e preços são informadas por linha de produto. As respostas são ponderadas pelo faturamento, com exceções das questões sobre a demanda externa, ponderadas pelas exportações, e do nível de emprego, que tem como peso o total de pessoal ocupado.

Trimestralmente, em adição aos quesitos regulares da pesquisa, são adicionadas perguntas sobre a presença de fatores limitativos à expansão da produção no curto prazo; o tempo que os principais fornecedores levam para fazer as entregas em comparação com o normal para a época do ano; jornada de trabalho por número de turnos; perspectiva de evolução dos preços de produtos da empresa; volume físico das compras; e preços de matérias-primas e componentes.

Para assegurar o sigilo das informações prestadas, a FGV/IBRE adota regras de descaracterização de empresas, impedindo a identificação do informante. Quando há, em nível de gênero ou ramo industrial, dois ou menos informantes ou a fatia de mercado pertencente a determinado informante é considerada elevada, os resultados da pesquisa não são divulgados naquele nível de agregação.

O responsável pelo preenchimento dos questionários é identificado pela empresa de acordo com especificações fornecidas pela FGV/IBRE, sendo, geralmente, um colaborador em nível de diretoria ou gerência e, necessariamente, alguém com visão integrada dos diversos negócios. As respostas são fornecidas pelos Correios ou internet, via site FGV sondagem/industria , através de identificação por código e senha. A internet é hoje o principal veículo utilizado na aplicação da pesquisa.

Todos os informantes recebem, por e-mail, um relatório contendo uma síntese dos resultados gerais da pesquisa e do setor a que pertence a empresa.

O conjunto de informantes é composto por grandes, médias e pequenas indústrias de transformação, incluindo seus recortes setoriais. Há um grupo fixo formado pelas empresas de maior peso em seus respectivos segmentos, presente em todas as pesquisas, e um grupo de empresas de porte médio ou pequeno, que participam de um painel rotativo.

O grau de cobertura da amostra corresponde, no mínimo, a 30% do valor total da produção nos segmentos em que há maior pulverização com grande número de competidores de porte pequeno ou médio. Nos segmentos de maior concentração, a amostra alcança mais de 70% do valor da produção em cada segmento.

A maioria das respostas por gêneros industriais na Sondagem é ponderada pelo faturamento das empresas integrantes da amostra, exceto as de pessoal ocupado e demanda externa. No caso da indústria de transformação geral, a ponderação é realizada de acordo com o valor da transformação industrial ou pessoal ocupado dos gêneros industriais, segundo dados do IBGE.

Matéria publicada Originalmente em: FGV

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