Por Leandra Silva*
A primeira mulher a conduzir os rumos do Brasil por meio da presidência da república completa neste domingo cem dias de um mandado que, segundo pesquisa de opinião pública, conta com aprovação de 73% da população brasileira. Considerada mais discreta e pragmática do que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Roussef vem aos poucos conquistando a opinião pública e imprimindo seu próprio estilo de governar.
Eleita no segundo turno das eleições presidências de 2010 com 55,7 milhões de votos, cerca de 56% dos votos válidos, a grande bandeira da economista ao palácio do Planalto era a continuidade das políticas sociais e econômicas implementadas pelo Governo Lula e a valorização do papel da mulher na sociedade através políticas específicas.
Apesar de manter boa parte de nomes da gestão passada, a nossa Chefe de Estado vem mostrando-se uma gestora comprometida com a erradicação da miséria. Já no início ela lança a marca “Brasil, país rico é um país sem pobreza” como forma de traduzir seu compromisso em desenvolver políticas voltadas ao atendimento das necessidades de milhares de brasileiros e brasileiras que não tem acesso ao mínimo para sua sobrevivência.
Dilma vem se destacando nesses primeiros cem dias também pela sua defesa e valorização dos direitos humanos, pela política internacional desenvolvida pelo seu ministro das Relações Internacionais, Antonio Patriota, que visa estreitar laços com parceiros econômicos internacionais importantes.
No que se refere a política econômica, Dilma enfrenta grandes desafios. O primeiro deles é conter os gastos do Governo e, com isso, preservar pelo menos parte do anunciado corte de R$ 50 bilhões do orçamento em programas de investimento. Além disso, a valorização do real frente ao dólar pode prejudicar a competitividade dos produtos nacionais e ajudar a desestabilizar a balança comercial e a previsão de aumento da inflação acima das metas estipuladas.
Outros setores importantes como saúde e educação, as ações ainda são tímidas e pouco visíveis. Dilma defendeu durante campanha ao Palácio, investimentos importantes nessas áreas. Assim, é de se aguardar e ver o que será verdadeiramente implementado em termos de políticas para áreas destes segmentos.
No que diz respeito aos movimentos sociais Dilma disse que não fará demagogia fácil, mas que o Governo está atento a todas as reivindicações e promete ouvir as demandas pautadas pelos movimentos e se empenhará para aproximar o atendimento de 100% das pautas defendidas pelos movimentos.
*Estudande de Economia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
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