A Estônia se transformou no 17º país a entrar na zona do euro e a primeira ex-república soviética a adotar a moeda única do bloco europeu. A decisão ocorre em meio à crise da dívida que abala o continente e, conforme admitiu o presidente francês Nicolas Sarkozy, pode inviabilizar o euro.
A mudança das antigas coroas estonianas para o euro começou à meia-noite do dia 31 de dezembro e o primeiro-ministro Andrus Ansip marcou o evento fazendo um saque de euros de um caixa eletrônico.
“É um pequeno passo para a zona do euro e um grande passo para a Estônia”, disse Ansip, mostrando as notas de euro.
Apesar da pressão dos mercados internacionais na zona do euro e da crise na Grécia e na Irlanda em 2010, pesquisas de opinião sugerem que a maioria dos estonianos queria a adoção do euro.
A Estônia se juntou à União Europeia em 2004 e foi um dos ex-países do bloco soviético a se juntar aos europeus, junto com países vizinhos como a Letônia e a Lituânia. Outros dois países do leste europeu, a Eslovênia e a Eslováquia, já fazem parte da zona do euro.
Crise
O governo da Estônia afirma que o euro vai atrair mais investidores estrangeiros. No entanto, os estonianos mais pobres temem que os preços subam, e que a alimentação fique ainda mais cara no país.
E a perspectiva de ter que contribuir para programas de ajuda de países mais ricos da zona do euro é algo que deixa ainda mais estonianos insatisfeitos. No ano de 2010 a crise na Europa atingiu duramente o país. Os grandes cortes nos gastos públicos, que foram necessários para que a Estônia entrasse na zona do euro, fizeram com que o índice de desemprego no país subisse para 16%.
As coroas estonianas ainda serão usadas junto com o euro durante a primeira metade de janeiro. Os bancos vão trocar a moeda antiga pela nova até o final de 2011 e o Banco Central da Estônia vai continuar fazendo esta operação por tempo indefinido.
*Matéria Publicada originalmente em Vermelho
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