Por Leandra Silva*
Estamos na reta final de mais uma campanha eleitoral. Uma experiência recente para o Brasil que assumiu historicamente grande importância por se tratar de uma expressão baseada nos pressupostos democráticos onde a participação política do povo, que tem no voto sua principal forma de expressão de sua vontade política, se faz importante para determinar os rumos do país.
Estamos na reta final de mais uma campanha eleitoral. Uma experiência recente para o Brasil que assumiu historicamente grande importância por se tratar de uma expressão baseada nos pressupostos democráticos onde a participação política do povo, que tem no voto sua principal forma de expressão de sua vontade política, se faz importante para determinar os rumos do país.
Mais uma vez somos convidados a utilizar a ferramenta do voto como expressão de cidadania para ajudar a escolher novos governantes para o Brasil. O voto que ora fora instrumento de exclusão assume, nesse processo, um caráter igualitário. Todos são iguais e têm em suas mãos o poder de decidir.
A decisão, portanto, deve passar pela análise criteriosa do programa de governo de cada candidato e candidata. Pois, é pelo programa de governo que cada um vai defender um projeto de política econômica que perpasse todas as áreas de atuação do governo. O plano de governo deve ainda se propor a formular novos campos, mecanismos e instrumentos para a atuação e intervenção do Estado de forma a dinamizar as economias locais e melhorar os setores da vida social.
É preciso escolher governantes que assumam diretrizes gerais e tarefas que serão cumpridas ao longo de todo o mandato. Diretrizes e tarefas essas que façam parte de um plano estratégico de desenvolvimento pautado na inclusão social e no respeito ao meio ambiente.
O desenvolvimento do qual estamos defendendo deve cumprir com a missão histórica de preconizar um tipo de mudança estrutural na sociedade brasileira que tem a ver com os conceitos de igualdade e justiça social. Não queremos, portanto, que o programa de governo navegue pela ilha das utopias. É preciso partir das circunstâncias presentes e das condições concretas para que se possam emplacar reformas que historicamente os governos não conseguiram realizar.
A receita para que o Brasil possa caminhar rumo ao desenvolvimento já foi dada por muitos. Mas gostaria de lembrar aqui dos arcabouços teóricos do ilustre Celso Furtado em sua obra Mito do Desenvolvimento econômico que defende que é preciso romper com a reprodução das formas de consumo de países tidos como cêntricos que atigem apenas uma minoria beneficiária pelo capitalismo periférico que é o principal responsável pela permanente concentração de renda.
No tempo em que o desenvolvimento assume papel de destaque nas propostas dos candidatos, fica implícito o desafio de uma agenda para o próximo governo que adote uma política macroeconômica e uma arquitetura institucional que promova um desenvolvimento com base em uma estrutura produtiva e tecnológica adequada e regionalmente integrada. Que a proteção social, a garantia dos direitos e a geração de oportunidades venham acompanhadas pelo fortalecimento do Estado, das Instituições, da democracia e da participação popular nos espaços de decisão.
*Cursando III Semestre de Ciências Econômicas na Universidade Estadutal do Sudoeste da Bahia - UESB.
O novo rumo que o Brasil vai assumir no próximo governo deve exercer um papel central na ruptura dos elementos que promovem a dependência dos povos, as assimetrias sociais e as disparidades educacionais e tecnológicas.
*Cursando III Semestre de Ciências Econômicas na Universidade Estadutal do Sudoeste da Bahia - UESB.