Fonte: Ministério da Agricultura |
Por Leandra Silva* e Ana Antunes**
Originário da América
do Sul, o feijão é um alimento do grupo das leguminosas e constitui importante
fonte de propriedades nutricionais significativas e necessárias para o bom
funcionamento do nosso organismo. Suas
propriedades nutritivas incluem a presença de carboidrato, proteína, fibras,
ferro e fonte de vitaminas do complexo B. Além disso, ao associado ao arroz
oferece boa parte dos aminoácidos essenciais ao organismo.
O percentual de
brasileiros que consomem o feijão é de, aproximadamente, 70% de toda a população
do país, especialmente a de baixa renda, sendo um dos alimentos mais consumidos
no Brasil.
Você comeu feijão hoje?
Caso sua resposta seja positiva, então você é um dos sete em cada dez
brasileiros que utilizam o feijão diariamente em sua dieta, deve ter notado um
fenômeno nos últimos dias: um aumento significativo do preço deste importante
item da cesta básica.
O aumento dos preços do
feijão no acumulado dos últimos doze meses em alguns estados como o Paraná
chega a 93%, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da
Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) do Paraná. No estado
de Minas Gerais, o feijão chegou a sofrer uma alta de 74,92% nos preços.
Embora o Estado da
Bahia responda por parcela significativa da produção nacional de feijão, sendo
um dos principais responsáveis pelo abastecimento do Nordeste, o Estado também vem
sofrendo alta nos preços chegando a atingir R$ 8,00 (oito reais) o quilo do alimento.
O aumento nos preços atinge
todas as variedades de feijão e tem um único fator: a redução da oferta do
produto. Tal redução se justifica pela queda significativa da safra do grão,
causada pela redução da área plantada. Segundo dados da CONAB a safra 2011/2012
deverá ficar em 1,250 milhão de hectares, 11,9% menor que a safra passada. Na
Bahia a redução foi de 10,7%. Um dos fatores ocasionados em decorrência da
redução da área plantada, é que muitos produtores de feijão estão migrando para
o plantio do milho.
Além disso, o longo
período de estiagem vem causando prejuízos às lavouras, diminuindo sua
produtividade e, consequentemente, provocando uma diminuição da oferta.
Neste contexto o
cenário que está posto é de que os preços continuem em alta durante o mês de
abril, porém, poderão sofrer uma estabilização em decorrência da próxima safra que
inicia ainda esse mês e vai até o mês de julho e com a chegada das chuvas. É o
que esperamos.
* Estudante de Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
** Estudante de Nutrição pela Faculdade de Tecnologia e Ciência - FTC
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