Desemprego na América Latina e no Caribe cai a níveis históricos ainda este ano

A vigorosa recuperação econômica da América Latina e do Caribe, em 2010, permitiu que a região registrasse significativa queda na taxa de desemprego urbano para 7,3% no final do primeiro trimestre deste ano. Foi o nível mais baixo dos últimos 20 anos, de acordo com publicação conjunta da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgada nesta quinta-feira.

A OIT e a Cepal concluíram que as políticas anticíclicas adotadas por alguns países para enfrentar a crise financeira internacional de 2008/2009 contribuíram para a redução da vulnerabilidade econômica e possibilitaram a reativação econômica mais rápida. Neste ano, porém, a recuperação ocorre em menor ritmo, mas ainda é de crescimento, o que permite prever uma taxa de desemprego urbano entre 6,7% e 7% no final de 2011.

A Conjuntura do Trabalho na América Latina e no Caribe enfatiza que depois da retração vivida pelos países da região, em 2009, a recuperação econômica no ano passado foi “inesperadamente vigorosa”, com reflexos positivos na oferta de empregos e no aumento da renda. A publicação destaca que o emprego formal cresceu ao redor de 6% no Brasil, Uruguai, Chile e na Nicarágua e em um nível entre 3% e 5% na Costa Rica, no México, Panamá e Peru.

Apesar da melhora, a OIT e a Cepal registram que ainda há 16,1 milhões de desempregados urbanos na América Latina e no Caribe. Situação que poderá ser amenizada com a implementação de medidas anticíclicas de longo prazo, “claramente delineadas para o crescimento sustentável da região como um todo”, de modo que os países latinos e caribenhos possam crescer bem mais que os 4% estimados para o Produto Interno Bruto (PIB) regional deste ano.
 

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